quarta-feira, 20 de julho de 2011

Reviravoltas

Reviravoltas, é isso que a vida faz, revira, revira,  e depois volta, ou pode não voltar.
No emaranhado de percepções, nas tonalidades das muitas possibilidades que temos diante dos olhos,
nos introduzimos na pintura que mais se parece com nós, ou com aquela que nada parece,
e algumas vezes não sabe o por que.
E nessas adversidades, nessas diversidades, descobrimos muito do que não somos, e damos adeus
a algumas pessoas, e saímos do contexto que achávamos que mais gostávamos, talvez a gente tenta demais se convencer que gosta de determinadas coisas, ou talvez ainda não nos conhecemos bem.
Procura-se sempre o culpado das coisas acabarem, mas... Pensando bem, ainda bem que elas acabam,
e culpados não existem, existem situações e pessoas que precisam entrar e sair de cena, cena esta que é vivida concretamente na vida real.
Fala-se demasiadamente em amores não correspondidos, em sofrimento do coração, bem me quer.. mal me quer, e muitas outras lamentações e lágrimas, mas, se este amor  não correspondeu, ele simplesmente não deverá entrar na sua cena, e você pode, e deve aprender a viver o que é de seu direito, e o que te é oportuno, não se deve correr atrás de borboletas que desejam ir.
 E não é porque elas não percebem seu valor e sua essência, é simplesmente porque elas não podem mais ficar.
Explicações nunca serão convincentes, mas as coisas simplesmente acabam e alguém sempre ficará à espera delas voltarem.
Gosto de pensar que não existem explicações e não existem pessoas culpadas, tudo muda...e devem naturalmente mudar.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O tic tac da razão

Ouvindo o tic tac do relógio diante de mim
Inicei meus pensamentos arraigados na razão
E com razão acho que não te sinto mais
Com razão nem te quero tanto assim
Sem razão te desejaria profundamente
Se é pra ter razão de ser, talvez nem sejas
Se é pra achar razão nas coisas, talvez nem existam essas tais coisas
Será se eu tenho razão, ou Tu tens razão, ou nada tem razão de ser?
Eis a razão de novo aqui
Enfim, com razão digo que simplesmente as coisas acabam.
Com razão e  tictaqueando  no tempo elas simplismente acabaram.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

*Parusia
O seu amor, o nosso amor me faz pensar.
É tão fácil lembrar, com a memória é muito simples.
Difícil é esquecer quando se tem amor.

E você tornou-se impossível de esquecer.
Há tempo que ficou pra trás todo silêncio e solidão.
Se o tempo foi, você ficou junto de mim a me aquecer.
Há tempo que o frio passou, ficou o calor da tua luz.
Se o tempo foi, você marcou presença onde não há valor.
Tal qual estou a esperar a sua volta.
São joelhos calejados que tocam o precioso chão.

Fazer o quê? eu não sei o que fazer!
Ainda assim só há alegria porque sei:
Sua volta é iminente.Ansioso espero por você!
Há tempo que ficou pra trás todo silêncio, e solidão;
Se o tempo foi você ficou junto de mim a me aquecer.
Há tempo que o frio passou, ficou o calor da sua luz;

Se o tempo foi você marcou presença onde não há valor.
A esperança viva está.
Minha mente só me traz você!

Eu sei porque não há solidão

*Parusia =Segunda volta de Cristo.
Rosa de Saron
Composição: Guilherme de Sá

quinta-feira, 23 de junho de 2011


Utopia

Das muitas coisas
Do meu tempo de criança
Guardo vivo na lembrança
O aconchego de meu lar
No fim da tarde
Quando tudo se aquietava
A família se ajuntava
Lá no alpendre a conversar
Meus pais não tinham
Nem escola e nem dinheiro
Todo dia o ano inteiro
Trabalhavam sem parar
Faltava tudo
Mas a gente nem ligava
O importante não faltava
Seu sorriso, seu olhar
Eu tantas vezes
Vi meu pai chegar cansado
Mas aquilo era sagrado
Um por um ele afagava
E perguntava
Quem fizera estrepolia
E mamãe nos defendia
E tudo aos poucos se ajeitava
O sol se punha
A viola alguém trazia
Todo mundo então pedia
Ver papai cantar pra gente
Desafinado
Meio rouco e voz cansada
Ele cantava mil toadas
Seu olhar no sol poente
Correu o tempo
E eu vejo a maravilha
De se ter uma família
Enquanto muitos não a tem
Agora falam
Do desquite ou do divórcio
O amor virou consórcio
Compromisso de ninguém
Há tantos filhos
Que bem mais do que um palácio
Gostariam de um abraço
E do carinho entre seus pais
Se os pais amassem
O divórcio não viria
Chamam isso de utopia
Eu a isso chamo paz.

composição:Pe.Zezinho

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Cansaço-Fernando Pessoa



O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser…
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto…
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidde infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço…
Fernando Pessoa

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Talking To The Moon

 Talking To The Moon

Do you ever hear me calling?
Cause every night
I'm talking to the moon
Still trying to get to you

Você já me ouviu chamando?
Porque toda noite
Eu estou falando com a lua
Ainda tentando chegar até você.

sábado, 21 de maio de 2011

Dedilhar

            Hoje  senti o dedilhar do violão tocar a parte ininteligível do meu coração, a parte que não sei dizer, a parte que mais me leva adiante ou me traz de volta para algum lugar.
            Me parece que cada dedilhado naquelas cordas tocavam a minha fragilidade, a minha indescritível condição humana diante da vida. Descobri um dia desses, que a gente se apaixona também espiritualmente, e que de nada  vale sermos metade para ninguém.Quando há tempos temos o "todo" e não o procuramos.
             Sem termos nos apaixonado completamente, o fim aparecerá sempre como uma sombra.
             Me peguei a pensar nos meus sentimentos e realmente são as crises que nos mostram quem nós somos, quando as coisas tão perfeitas decaem,  se esvaem com o vento no breve tempo.
              Eu já me procuro há algum tempo, sempre prezei "ser eu" de verdade, sem estereótipos, mas  por vezes alguns tropeços da   vida me  ensinam algumas covardias comigo mesma, gostaria de não me trair mais.
               Não me canso de dizer que fundamentalmente eu preciso chegar até mim mesma e nunca mais sair, nem mesmo diante das vicicitudes da vida, estas mesmas que nos levam junto com a rotina, e por vezes nos pegam em sua mãos.
               A minha engrenagem sentimental tem sido a cada dia destrinchada, para que o sentimento que me faça mover predomine, sentimentos vagos, sentimentos sem adjetivos, sem qualidades, não movem mais o meu coração.A minha engrenagem exige neste tempo, um sentimento verdadeiro, a verdade e a simplicidade.
              Não posso de nenhuma maneira dar a metade de mim para meu próximo, e  de nenhuma forma posso achar que posso  driblar  quem eu sou.
              Ou somos um do outro de  verdade, ou não somos um do outro de verdade.Quando a música tocar eu quero sentir a leveza de ter sido eu mesma  todo o tempo.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ana e o mar.




Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar.

sábado, 14 de maio de 2011

.

                         A gente se cansa, muitas vezes por não fazer nada. Nada por nós mesmos!
Não me esqueço da frase de Jesus durante sua paixão, seu flagelo, sofrimento.Jesus carregando a cruz, a caminho do calvário e dizendo:
"... não choreis por mim! Chorai por vós mesmos e por vossos filhos!" (cf. Lc 23,28).
                       Cansamos de não nos ajudar, cansamos de não ajudar o nosso coração,cansamos de nunca derramarmos uma lágrima de perdão, cansamos de sermos tão incompreensíveis,cansamos de tanto sentimento ruim sem nome. Não exergamos.Mas nos cansamos, de sermos sempre o centro das coisas.

                      Seria bom se dividissemos o tempo que recebemos de Deus, como fez São Francisco: "uma parte para auxiliar o próximo e outra para a contemplação, isto é, para dedicar a Deus" (cf. 1C 91).
                     Imaginamos um exagero empenharmos o único tempo que temos ao serviço de Deus, mas não sabemos que ganhamos muito mais, quando doamos o tempo que é DEle,para fazer tudo o que nos torna realmente completos.Das vezes que me lembro que mais me senti forte, eu estava lá,  numa missão, ganhando tempo, estabelecendo sentido para minha vida.
                     Das melhores lembranças que tenho, lembro-me de Deus, Ele estava lá... sempre esteve.
                    Num instante de silêncio eu O percebo, e logo Ele me ama, e me diz até onde devo ir.
                    Por fim, nesse momento de encontro Contigo, gostaria de Lhe dizer: Não há nada em mim sem Ti.

Nada em mim sem Ti,  Jesus!


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rupturas e Continuidades




Há tempos de romper, de continuar, de permanecer, de esperar a tempestade acalmar.
Eu poderia usar uma receita ou 50 receitas para me convencer de que para a maior parte
dos problemas e dilemas de nossas vidas, existe uma receita racional a ser observada.
Mas admito que não há receitas que justifiquem uma parada de passos ou uma continuidade deles.
Hoje estamos com nossos 20 e poucos anos de vida e já gostaríamos de saber quais riscos iremos
correr nessa existência, e como estaremos aos 50 anos de idade, não existe uma tabela que estabeleça isso ou que nos remeta a segurança altamente sem riscos que desejamos no nosso interior.
É PRECISO, na certa! pensar cada próximo passo que iremos dar e sempre indo adiante sem nos determos, nem nos inebriarmos com o que poderia ter acontecido, se tivessemos feito diferente no passado, o que passou não nos serve mais.
O que nos serve agora é o presente e o próximo passo a ser dado, ou o passo que não merece seguir adiante,
são as nossas escolhas envolvidas pela liberdade de romper ou de continuar em determinada situação
seja ela em qualquer área de nossas vidas.
A sabedoria repousa dentro de um suspiro de paz a toda vez que tomamos as nossas difíceis decisões.
Decidir parar ou seguir em qualquer situação é uma escolha que só uma pessoa pode fazer. E se quando decidir
você sentir que apesar de uma possível dor na escolha você sentiu o suspirar de paz, essa com certeza terá sido a sua
melhor escolha, afinal, continuar ou permanecer nem sempre é fácil, mas é necessário pensar bem antes de
continuar andando e derramando suor por uma situação, ou pensar bem quando for romper algum laço.
por: Tamires Morais




Larissa: Leia os textos anteriores.

sábado, 30 de abril de 2011

Eu queria...

Eu queria demonstrar  o meu carinho por você, num simples olhar de satisfação,
numa risada engraçada de uma piada sua, numa tentativa de fazer cócegas na barriga, 
numa mexida nos cabelos ou sentindo a força dos pêlos de sua barba, espetando as minhas mãos.
Somos amigos, apenas amigos.

A gente ri, dá abraço, sem pedir nada em troca, implica com o outro, mas com o olhar de acolhimento,
só para poder consolar.

Quando estou com você, sem dúvida nem eu nem você sabemos o que de fato acontece.
Tanto eu quanto você, temos incontáveis amigos, mas no fim sentimos o incômodo no coração sinalizando
 que aquele abraço e aconchego entre nós, tem um significado diferente.Talvez de amigos confidentes.


Enfim, mesmo que não saibas, provavelmente nunca terás acesso a esta página, digo sem reservas
que és muito querido por mim.

sexta-feira, 25 de março de 2011

pagar um preço

        
          Certa vez, em uma conversa com uma grande amiga, falávamos sobre: pagar o preço!É intrigante, mas nós nem percebemos o quanto acabamos pagando por situações que nem são nossas.Se sofre demasiadamente por pessoas que nem sequer reconhecem tal ajuda, não quero aqui dizer que não devemos ajudar o próximo ou que o altruísmo é para os fracos, entretanto se faz necessário saber identificar o nosso campo de batalha, em muitos casos as nossas forças se esgotam antes mesmo de encontrarmos a nossa real batalha. Lutamos como cegos no meio da extrema escuridão.

          Pagar o preço, é bem mais do que perder algo ou dinheiro, pagar o preço é lutar por aquilo que realmente vale a pena, reconhecer  que em muitos casos quando se perde é que se ganha.

          Eu já perdi muita coisa na vida, e no meio dessas perdas, reconstruí grandes sonhos e os tornei bem mais parecidos comigo, e muita coisa eu percebi que deveriam ter sido deixadas para trás há muito tempo.

         Ainda tenho uma batalha de pé, mas não sei ainda se o meu companheiro quer continuar a luta, parei um pouco para descansar, não sei se ele parou definitivamente. No mais, nada se perde quando realmente se sabe aonde se quer chegar.

         Eu ainda não joguei a armadura ao chão, ainda sinto o peso de seu revestimento, mas pensando em você, por vezes fico a escutar o seu escudo e sua armadura cravar o chão. Se não é por amor eu não sei pelo que se deve mais lutar.
        Digo e repito que só se paga o preço pelo que se ama. E então, eu já nem sei se o verbo "pagar" cabe nesse  discurso, penso que o verbo "ganhar" agora se encaixa  perfeitamente.
    

sábado, 19 de março de 2011

sábado, 12 de março de 2011

Aprendendo a se amar


          Deve ser muito triste ver alguém que  ainda não aprendeu  a se respeitar.Talvez este ser, ainda não aprendeu essa virtude valiosa.
         Nós mesmos, quantas vezes já nos resignamos por tão pouco amor?!. Eu também faço parte das estatísticas,bom, cada caso é um caso, não podemos generalizar.
         Não se pode negar que temos que passar diariamente por difíceis situações, passamos simplesmente por que temos que viver,  e ainda lutando pela  sobrevivência nos submetemos à sistemas econômicos desumanos, estamos nele, é importante lembrar que os problemas  não nos tem por inteiro.
         E o que não é inteiro, não é o TODO, portanto, ainda temos uma grande parte de nós disposta a encontrar com muito respeito, a grande alegria de se amar acima de tudo, acima dos problemas e das opressões cotidianas.
         Se não fosse Jesus, eu não sei o que seria de nós.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Travessia

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares ...
É o tempo da travessia ...E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos..."
(Fernando Pessoa)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Eu não sei dizer(...)

  





          Procurando incessantemente o meu lugar, o meu lugar as vezes me foge da vista, mas eu o procuro sem me cansar.
          Mais uma noite procurando o meu  melhor sorriso, o meu melhor clichê, a minha  melhor contada, encontrando-me comigo mesma, sem reservas, sem medo da verdade. Eu me procuro.
          Sentada em conversas sem interesses, sem segundas intenções, ouvindo a conversa descontraída, aprendendo a escutar, deixando-me sentir a música do tempo.
         Nada é melhor do que escutar o próprio silêncio, nada mais louvável do que dar um tempo para si, tempo de conhecimento, de fazer morada, de reconhecer verdades, de encontrar saídas.
         Muitos barulhos, muitos sons, poluição sonora, desordem, sistema! Eu procuro, eu procuro o meu lugar!O meu lugar é a libertação de um silêncio sufocado.
         E finalmente eu respiro e suspirando digo: Aqui é meu lugar!
         ... e apenas três notas musicais me acalmam. Eu não preciso de muita coisa! E apesar de ter me encontrado, eu  ainda me procuro eternamente.  
por: Tamires Morais

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Rupturas e Continuidades




Há tempos de romper, de continuar, de permanecer, de esperar a tempestade acalmar.
Eu poderia usar uma receita ou 50 receitas para me convencer de que para a maior parte
dos problemas e dilemas de nossas vidas, existe uma receita racional a ser observada.
Mas admito que não há receitas que justifiquem uma parada de passos ou uma continuidade deles.
Hoje estamos com nossos 20 e poucos anos de vida e já gostaríamos de saber quais riscos iremos
correr nessa existência, e como estaremos aos 50 anos de idade, não existe uma tabela que estabeleça isso ou que nos remeta a segurança altamente sem riscos que desejamos no nosso interior.
É PRECISO, na certa! pensar cada próximo passo que iremos dar e sempre indo adiante sem nos determos, nem nos inebriarmos com o que poderia ter acontecido, se tivessemos feito diferente no passado, o que passou não nos serve mais.
O que nos serve agora é o presente e o próximo passo a ser dado, ou o passo que não merece seguir adiante,
são as nossas escolhas envolvidas pela liberdade de romper ou de continuar em determinada situação
seja ela em qualquer área de nossas vidas.
A sabedoria repousa dentro de um suspiro de paz a toda vez que tomamos as nossas difíceis decisões.
Decidir parar ou seguir em qualquer situação é uma escolha que só uma pessoa pode fazer. E se quando decidir
você sentir que apesar de uma possível dor na escolha você sentiu o suspirar de paz, essa com certeza terá sido a sua
melhor escolha, afinal, continuar ou permanecer nem sempre é fácil, mas é necessário pensar bem antes de
continuar andando e derramando suor por uma situação, ou pensar bem quando for romper algum laço.
por: Tamires Morais

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Passarinho


É loucura muito minha, Senhor, esperar que o teu Amor
Depois de todos os desmandos me aceite como sou.
É loucura muito minha, Senhor, esperar com terno ardor,
que em minhas limitações faças loucuras de amor.

Águia não sou, meu Senhor,
Dela trago, tão somente, o olhar e
também, no coração, a aspiração do seu voar, voar...
Quero em meu posto ficar a fitar o Sol do Amor, do Amor:
Passarinho é o que eu sou nas mãos do meu Senhor.

E quando da vida, Senhor, o Sol do Amor se ausentar,
Não vou me preocupar, porque sei:
por entre as nuvens Ele está a brilhar. E em mim nascerá, Senhor, do amor a perfeita alegria
E em tuas asas, então, voarei na mais perfeita harmonia.



Composição: Santa Teresinha do Menino Jesus



domingo, 30 de janeiro de 2011

Teu olhar.(misericordioso)


      Somos acometidos por dias atípicos , tão separados da nossa realidade, dias de extrema maldade, dias de ausência de amor,  de respeito próprio, são um  dos dias mais escuros, o dia em que a mentira dá passos largos e rápidos.
   Mas quando eu olho para Ti, olho nos teus olhos eu sei, eu posso muito mais! e como diz a música do Abner "teu amor cegou o olhar perdido da maldade, paralisou os passos largos da mentira", é nisso que eu confio e não temo estar errada, é uma das grandes certezas que ainda tenho na  vida.
Os dias vêm e vão, o meu campo de batalha está sempre de frente pra mim, e eu sabendo da força daquele que é por mim, não posso jamais desistir.
As vezes as palavras não são suficientes, as vezes a nossa ajuda não é bem- vinda, e por mais que a nossa doação seja tão sacrificante, talvez o bem  não seja bem-vindo por aquele que deveria recebê-lo. Acabam-se então as tantas alternativas que tinhamos para determinado problema, é nessa hora Jesus que eu mergulho no teu olhar de misericórdia e me convenço de que Tu estás aqui e que é chegada a hora da tua destra transformar esta água em vinho, como nas bodas de caná.
O meu amor por Ti, me faz querer ficar, e com paciência te espero um pouco mais.
Quanta  vida é derramada do Teu altar, quanta vida que desce do teu trono, quanta água de vida eterna, do Espírito Santo, do batismo, como diz a tua palavra essa água que nos dá a vida, transborda, jorra sem limites, e se em minha limitação, na minha adversidade eu vejo a minha água acabar, logo logo o meu Jesus enche novamente as minhas talhas de água viva.
E num segundo sou lavada por essa água e o meu sorriso se torna reflexo do teu mais belo olhar.


por: Tamires morais

domingo, 9 de janeiro de 2011

Cenários



Inevitavelmente os cenários mudam e os personagens também.Quantas vezes me peguei num cenário completamente desconhecido e com  falas também desconhecidas, escritas num papel comprometido, e uma platéia inteira com olhos fixos no desfecho da corrente cena.
Os dias passam, os anos passam , entramos no ano de 2011, quantos holofotes, quantos fogos, e quantos planos traçados numa mesma vida que por ventura está descompassada, digo isso porque ela não está seguindo a minha dança ou talvez nunca tenha seguido.
Quando olhar para frente não nos basta mais, sendo então necessário olhar ao redor, olhar para os lados e enxergar o que está ali. Basta a nós aceitar aquele cenário, aqueles personagens e aquela situação, é preciso saber viver.
Por muito tempo lidamos com uma vida de atividades corriqueiras nada fora de nosso rítimo e tudo cabe em nossas soluções instantâneas, as mesmas que traçamos antes de cair no sono.       
Olhar para um meio até então desconhecido nos causa medo e nos paralisa. Mas se olharmos bem, tudo está onde deveria estar, cada cenário e cada fala em seu devido lugar e na sua devida hora. O mal é querer que a vida se ajeite ao nosso jeito, somos nós que devemos nos ajeitar e nos encaixar nela, nem que seja necessário alargar mais uma vez o nosso “eu”.
Eu sempre digo, a cada dia é preciso morrer para si mesmo e deixar um homem novo nascer. Já que a vida é mais sábia que nós. É duro aceitar isso e eu também concordo que seja.
Hoje eu peguei um cenário de minha vida que em quase oito anos fora o mesmo e o vi mudar, eu entendi que além de chorar e lamentar tudo o que mudou ou questionar porque mudou, eu preciso mudar com ele.
Estamos condicionados a mudar também, nem que para isso tenhamos de morrer por alguns dias, nos resguardar, andar sozinhos. Neste processo descobrimos a finalidade de cada insinuação da vida.


Tamires Morais

“É DEUS QUE TE FAZ ENTENDER TODA A POESIA E TORNA MAIS VALIOSA A VIDA E PROVA QUE AINDA DÁ PRA SER FELIZ” (Rosa de Saron)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

SABES O QUE QUERES?





SABES O QUE QUERES?
Estou convencida, de que descobrir o que se quer realmente, está além de quereres pré-definidos, aqueles estipulados pelas convenções sociais.
Não é uma tarefa muito fácil de desvendar, mas bastante profícua, já que, quem não sabe o que quer anda sem lugar para chegar, e nem sabe se tem direito de parar para descansar.
Pensei por esses dias além de querer “ser feliz”, “me formar”, “ajudar minha família”, “passar num concurso”. O que eu quero realmente?
Está tudo tão estipulado, tudo tão pré-definido. Mas, o que eu quero?
Eu falo de saber distinguir um querer secundário de um primário, de saber fazer boas escolhas, de saber diferenciar um benefício de um possível malefício. Sabemos mesmo controlar nossas escolhas?
É descobrindo o que se quer de verdade que se resolve a metade da nossa vida, o resto fica por conta da própria vida!

Saber o que quer, na fé, no amor, na família, nas relações de amizade, no trabalho, nos estudos, é quase que um questionário com repostas dadas.
Mas, saber o que você quer, quando ninguém mais tem acesso a sua pessoa, ninguém mais além de Deus.
Quando a noite não parece passar, quando você escuta a sua melhor música antes de dormir, quando você se olha no espelho e não se lembra mais da sua face, quando você se desconhece por um minuto.
Ainda assim meu caro essa face é essencialmente sua, sem ninguém dizendo isso ou aquilo, é você se descobrindo sem ajuda de segundas e terceiras pessoas.
Às vezes só descobrimos quem somos quando nos distanciamos do “meio”, quando nos aproximamos de nós mesmos, de uma pessoa chamada “eu”. Quando chegamos nesta “face” de quem nós somos, nós ainda sabemos o que queremos ou tropeçamos numa grande contradição?

Ainda queremos as mesmas coisas?

Será?


Tamires Morais

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011




Que Tudo Vençamos Pelo Amor
"Teu Amor cegou o olhar perdido da maldade
Paralisou os passos largos da mentira

Quando a minha miséria se encontrou
Com a terra santa do teu coração
Assim como a morte e a cruz, vida brotou

No teu abraço, o peito cansado
Pelos erros rasgado, voltou a bater"




quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Prefiro as manhãs








                 Sempre optei pelas manhãs.
         Se tivesse algum ofício, um cursinho, ou qualquer outra ocupação, lá estava ela, clara e nova, uma manhã pronta para florescer junto com minhas esperanças. Quase nunca optei pelas tardes, as tardes inevitavelmente sucumbem com as noites, e as noites se parecem com o fim. Mesmo que as tardes sejam parte do meio tempo, o MEIO sempre anda para o FIM e nunca para o INÍCIO. Segundo o nosso tempo cronológico!
        Por isso eu continuo preferindo as belas manhãs, que têm cara de início, de recomeço, de nova chance. E eu, assim como toda a gente, não me agrado  do fim, e principalmente de finais tristes.
        Seja bem vinda, manhã! Eu prefiro você!

Por.: Tamires S. Morais

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

DESENCONTROS

D-E-S-E-N-C-O-N-T-R-O-S




       O que aumenta a penumbra é que incrivelmente nunca mais encontraremos nosso par, apesar de viver na mesma cidade, frequentar o mesmo bairro, dividir gostos semelhantes. Nenhum esbarrão no mercado ou no banco. Os amigos em comum apagam as pistas. Não dá para compreender se mudamos os hábitos ou os hábitos não nos pertenciam mesmo e queríamos agradar pensando que eram nossos.
Fabrício Carpinejar em Depois de Tanto Tempo

sábado, 1 de janeiro de 2011

O SOL DA MEIA NOITE- ROSA DE SARON
É estranho e difícil
Me dizer que está tudo bem
Se há alguma coisa
Então venha entender
O quanto só você
Pode dar um simples passo de cada vez
O Sol da meia-noite
Aqui existe você,
Pense, pare e veja que o amor resiste
Olhe, prova, sente, toca
É Deus que te faz entender toda poesia
E torna mais valiosa a vida
E prova que ainda dá pra ser feliz

Apenas atenda quem chama
E perceba
Que só ele pode compreender o seu interior
E a suas dores afastar, o seu sonho realizar, a sua vida transformar
Basta que você entenda
Que é Deus que te faz entender toda poesia
E torna mais valiosa a vida
E prova que ainda dá pra ser feliz
Apenas atenda quem chama
E peça que nessa noite Ele te toque e cure toda suas feridas
E vele o sono e espere acordar
Amanhã será um novo dia
Amanhã (Amanhã)…
Amanhã (Amanhã)! A domani, À demain, Amanhã, Mañana, Morgen, Tomorrow!
Que é Deus que te faz entender toda poesia
E torna mais valiosa a vida
E prova que ainda dá pra ser feliz
Apenas atenda quem chama
E peça que nessa noite Ele te toque e cure toda suas feridas
E vele o sono e espere acordar
Amanhã será um novo dia

Essa letra é profunda ...
........